Consumo consciente: mude a sua relação com a moda

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Consumo consciente: mude a sua relação com a moda

Muita gente acha que andar na moda é comprar tudo aquilo que aparece nas araras. Mais importante do que seguir tendências é investir naquilo que é necessário, mas obedecendo a sua personalidade. É o que chamamos de consumo consciente.

Ter uma relação saudável com suas roupas é possível. Consumir de maneira inteligente é montar um armário que reflita sua personalidade, com peças que você verdadeiramente ame. É ver seu estilo refletido em poucos, porém excelentes itens.

Neste artigo, conheça os principais hábitos de quem é adepto do consumo consciente!

Hábitos de quem deseja adotar o consumo consciente

A partir de agora, veja como é possível mudar um guarda-roupas de maneira significativa sem aderir ao consumismo desenfreado.

Comprar o essencial

Nove saias, 18 vestidos, tantos sapatos que é até difícil de contar. E, mesmo assim, parece que não há nada para vestir!

Você realmente precisa de três unidades de uma mesma peça em cores diferentes? Será que é melhor investir em uma calça, quando seu armário tem poucas blusas?

Consumo consciente não tem a ver com deixar de comprar, mas adquirir suas roupas de maneira planejada.

Olhe seu guarda-roupas e analise suas peças. Leve em consideração que:

  • tenha sempre mais roupas de cima do que de baixo. Primeiramente, seu interlocutor vai olhar para você da cintura para cima. Em segundo, com a adição de um colete ou cardigã, o visual já muda por completo. Por fim, blusas sujam com muito mais facilidade;
  • para cada peça de baixo, o ideal é que haja pelo menos cinco itens de cima para combinar com ela;
  • isso significa que você deve comprar mais blusas? Não, ao contrário. Na hora de adquirir uma calça, por exemplo, pense em quais blusas, jaquetas e trench coats podem coordenar com ela;
  • se uma calça ou saia combina com apenas duas blusas, talvez não valha a pena investir nela;
  • seu armário precisa ser funcional. Suas roupas devem coordenar o máximo possível entre si. Dessa forma, qualquer inclusão será inteligente.

Conhecer a origem das roupas

Você já parou para pensar qual a origem da sua roupa? Muitas pessoas pagam um valor um pouco mais alto em boas peças pensando na qualidade da composição e no trabalho envolvido para desenvolvê-las.

No entanto, infelizmente é comum encontrarmos marcas de luxo que submetem seus trabalhadores a jornadas desumanas, além de condições análogas à escravidão.

Pois é, consumo consciente não tem a ver apenas com o material utilizado, mas com toda a cadeia de produção das roupas.

Uma maneira de diminuir a probabilidade de que a fabricação da peça tenha trabalho escravo é dar preferência a produtos nacionais.

Embora também haja esse tipo de problema no Brasil, nosso país conta com iniciativas para coibi-lo, controle que não é possível ter em roupas de origem internacional.

Peças fabricadas na China, por exemplo, podem estar atreladas a trabalhos forçados nas colheitas de algodão.

Outra forma de avaliar se a loja da qual você pretende comprar se preocupa com sua responsabilidade social é utilizando o aplicativo Moda Livre.

Disponível para Android e iOS, o app apresenta o histórico e os mecanismos que grandes cadeias têm para manterem suas produções longe do trabalho escravo.

Por fim, observe se a marca conta com iniciativas de sustentabilidade que também incluam seus trabalhadores.

Priorizar peças duráveis

Uma blusa baratinha pode ser tentadora, mas provavelmente não será um bom investimento a longo prazo. Consumo consciente é investir em poucas, mas boas peças, que poderão ser herdadas em perfeitas condições.

Parece impossível nos dias de hoje, em que há muita pressa para se levar o novo às lojas, mas pouca preocupação com a qualidade da matéria-prima e do acabamento. Isso é consequência de uma série de questões, que envolvem desde o estilo Fast Fashion até as características da cadeia de produção.

Pense na sua roupa não como um gasto, mas como um investimento. As peças de couro são há milênios (literalmente!) os melhores exemplos de durabilidade e sustentabilidade. Há itens da Idade Média produzidos nesse material que resistem ao tempo.

Aderir aos brechós

Uma forma de consumo consciente é valorizar aquilo que já existe.

Os brechós, por exemplo, são saídas para manter o estilo sem aderir ao consumismo. Além disso, as roupas disponíveis nesses locais costumam ser da moda, não de modismos. Isso significa adquirir uma peça durável, com história e atemporal.

Comprar em brechós é, no entanto, uma curadoria. Alguns são lotados, com itens misturados e desorganizados. Portanto, é necessário ter paciência para “garimpar”. Como consequência, você encontra verdadeiros tesouros.

Atualmente, também é possível comprar em brechós online, mas é preciso correr: as roupas mais interessantes vão embora rapidamente. Por isso, visite esses perfis já tendo em mente o que precisa para não se deixar levar pelo impulso de adquirir algo antes que outra pessoa compre.

Dê preferência aos produtores locais

O consumo consciente vem muito da relação que o consumidor tem com as pessoas. Preferir produtores locais é estimular o trabalho de pessoas que estudam, fabricam, montam, plantam. É investir no trabalho de quem, muitas vezes, é responsável por toda a cadeia de produção da peça.

Com um bom faro para moda e paciência, você consegue encontrar roupas, calçados e acessórios únicos em lojas próximas a sua casa.

Descarte corretamente

Em algumas cidades, a coleta seletiva é incentivada pela prefeitura. Em outros, é uma iniciativa dos moradores. Independentemente disso, faça do descarte correto algo presente em sua rotina. Isso facilita o trabalho dos coletores e responsáveis pelo trabalho de reciclagem.

Algumas lojas de perfumes, por exemplo, incentivam os consumidores a levar os vidros vazios de perfume para descartá-los nos locais certos. Vale descobrir se, na sua cidade, há alguma iniciativa do tipo.

Adotar o minimalismo

Uma das chaves para o consumo consciente é o minimalismo. Eles estão quase interligados, já que esse estilo de vida prega justamente viver com o suficiente para ser pleno e feliz, sem exageros, mas com qualidade.

Para isso, você pode adotar algumas ideias:

  • menos roupas: com 30 peças (bem pensadas, claro) é possível montar mais de 100 looks;
  • qualidade e durabilidade: de nada adianta comprar pouco se as roupas são ruins, até porque isso é um impulso para consumir;
  • criatividade: como vimos, suas peças precisam ser versáteis, combinar entre si. A criatividade é o que vai tirar seus looks da mesmice, evitando que você fique sempre na mesma combinação de camisa e calça.

Pronta para aderir ao consumo consciente?

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